segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Nada previa!!



Em Setembro ainda faz sol, e eu tento aproveitar todos os bocadinhos que tenho para relaxar. Este fim-de-semana não fugi à regra, e o sábado foi passado de papo para o ar como eu tanto gosto com a minha amiga L. dado que a A. teve que se ir embora  por causa do teatro.
A tarde foi passada assim entre conversas, banhos de piscina e leitura, fotografias e um filme:"Nuremberg",que eu desde já aconselho a verem.

Quando o relógio batia as 22h00 decidimos sair de casa cada uma no seu carrito e nada previa...

A meio da viagem, vinha eu com a música quase no máximo, sempre na minha como nada se passasse. A única coisa que eu notava é que o meu pequeno não estava a acelerar tão bem, mas pensei que ele também tinha direito a ter os seus dias não. De repente, começa a ser demais, o raio do carro não saía dos 30km/h. Decido desligar a música para ver se todos os barulhos eram os habituais.
Começo a ouvir um ron-ron, exactamente igual, ao barulho das latas dos caloiros, a bater no chão, no dia do cortejo da Latada. A fúria começa a tornar-se parte do meu nome. Nesta altura já não havia "pequenino" ,"queridinho" ou direito a dias maus para ninguém. Só me apetecia chamar-lhe todos os nomes e mais alguns. Encosto-o à berma na primeira oportunidade, bato a porta com toda a força e saiu do carro. Começo a analisar os pneus um por um.
Chegou a altura de dar de caras com o pneu esquerdo traseiro .
"O QUÊ???  O QUE TE FOI ACONTECER?? QUEM É QUE TE FEZ MAL??"
Lá estava ele, pelas horas da morte, metia dó o raio do pneu, completamente vazio, totalmente rasgado, sem transplante ou salvação possível.
É com muita pena e raiva que o deixo passar duas noite por aí sozinho, perdido numa das ruas desta cidade, ligado às máquinas, à espera que alguma alma caridosa amanhã me trate do assunto!!
Enfim, se não fosse a minha querida L. que vinha atrás de mim  e que me disse que levava a casa, acho que ainda agora lá estava a prestar solidariedade.
Pobre carro, melhores dias virão!!

B.