sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Retiro o que disse

É verdade que a vontade de ir ao jantar não era muita mas às vezes (sempre) quando menos esperamos, somos surpreendidas.
Adorei!! Sim eu adorei!!!
Quando eu e a C chegamos ao museu ainda apanhamos a guitarra portuguesa, a viola e os estudantes a darem o ar da sua graça. Do que ouvimos mostraram muito bem aos estrangeirinhos em que cidade de Portugal a tradição é uma imposição.
Cortesias à parte, a sala ao lado tinha o jantar à nossa espera.
Salvo erro eram 4 mesas redondas para 10 pessoas mais ou menos. Sendo das últimas a querer sentar tivemos de ficar com as sobras. A mesa do fundo ainda tinha cadeiras solteiras e nós não quisemos contraria-las.
Pois bem, agora que o jantar acabou temos garantidamente a certeza que não podíamos ter calhado em melhor mesa.
Sendo que uma estava composta por professores, outra recheada de peles branquinhas, cabelos loiros olhos claros,poucos sorrisos e nórdicos estampado na testa, a seguinte não me lembro bem, e por último, a nossa que não podia ser mais latina: três estudantes portuguesas (entre elas eu e a C.), duas senhoras espanholas (queridas até dizer chega) um senhor português já com a sua idade que abundava em piada, sabedoria e filosofia de vida, e um brasileiro. Bem, minto, ainda houve lugar para uma rapariga da Lituânia que para mim nem conta e vocês já vão perceber por quê.

O jantar foi super divertido. O que achávamos uns dos outros, a diferença de palavras, sotaque e cultura foram os temas de eleição e claro, os risos foram inevitáveis. Foi delicioso falar tanto de tanta coisa, de tantas diferenças mas ao mesmo tempo de tanta igualdade.
Para terem uma noção de como a coisa ia, a da Lituânia foi apanhada a dizer que ali não era o lugar dela (e fartou-se de cortar na casaca de todos nós ). Juro que não foi por falta de tentativas, obviamente que ninguém a colocou de parte, pelo contrário,  tentamos por várias vezes falar para a mesa toda e estabelecer conversa. Enfim, não fomos nós que a pusemos de lado mas sim ela que se colocou a si própria.
A certa altura já a mesa estava mais que divida e foi tão bonito ver o quão nós os "latinos" somos parecidos e nos entendemos tão bem. As fortes gargalhadas, o "falar alto", aberto e alegremente, o à vontade , o "nunca nos calarmos" e o enorme prazer em comer (e  comer bem) são características e traços que nos marcam e nos unem e por isso mesmo é que foi tão extraordinário o nosso jantar.
O trabalhar na conferência afinal não trouxe só cansaço e dores no corpo. Ao final de um dia inteiro ainda nos conseguiu por muito bem dispostas.
Pronto já vou dormir com um sorriso na cara sim. Mas vou mesmo dormir que amanhã o dia é igualmente longo.

B. (continuo a estar feita num trapo "tá?!")

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu sou Mentora de três rapazes Lituanos e adoro! Conheço mais alunos de erasmus que vieram da Lituânia e Polónia e, pessoalmente gosto muito dos da Lituânia. Todos eles. Falam todos comigo são todos muito simpáticos. Os rapazes são os queridos e as raparigas são bastante simpáticas.

AeB disse...

Eu também no ano passado tive o prazer de conhecer uma outra rapariga da Lituânia e da outra ainda da Polónia e eram as duas muito simpáticas e eu também gostei muito delas:) Enfim, aquela de ontem é que não era muito dada à simpatia..não podemos agradar a todos não é? :)

Ina disse...

adorei o jantar :) e sim... a rapariga da lituânia era um terror.... :)